RESENHA DE SÉRIE: Orange Is The New Black – Primeira Temporada




RESENHA DE SÉRIE: Orange Is The New Black – Primeira Temporada

Ano: 2013
Empresa: Netflix
Criador: Jenji Kohan
Produtor: Jenji Kohan, Neri KyleTannenbaum e Liz Friedman
Gênero: Comédia dramática
Elenco: Taylor Schilling, Jason Biggs, Laura Prepon, Kate Mulgrew, Natasha Lyonne, Uzo Aduba, Laverne Cox, Taryn Manning, Yael Stone…
País: Estados Unidos
Duração: 55 min. (aprox.)



ATENÇÃO, O TEXTO ABAIXO PODE CONTER SPOLERS.  


Apesar de já ter estreado há algum tempo e ter se tornado a queridinha da crítica, adiei ao máximo ver Orange Is The New Black. Entretanto, em meio as deploráveis estreias, retornos e finales que tenho assistido ultimamente, resolvi me render e apostar nesse aclamado oasis em meios à porcaria televisiva, entrando numa maratona – algo que eu raramente faço. E meu veredito, antes mesmo de chegar ao final dessa resenha é: OBRIGADA NETFLIX!

Já que eu citei essa empresa de TV online que lota anúncios em todos os lugares, é justo elogiar a forma eficiente que o Netflix usa para divulgar suas produções. O marketing que cerca as séries da empresa é muito bem feito e massivo, saindo da internet e invadindo a televisão, o radio e as ruas de um jeito que nunca imaginei o Netflix sendo capaz de orquestrar. No entanto, foi justamente essas propagandas que quase me afastaram de Orange Is The New Black...

Criada por Jenji Kohan (Weeds) e baseada no livro de Piper Kerman , a serie explora o ponto de vista de Piper Chapman  - sim, inspirada na própria autora - quando esta vê sua vida perfeita com o noivo Larry desmoronar ao ser condenada por um crime do passado e acabar numa penitenciaria feminina cercada por mulheres perigosas, gangues, intrigas e a ex-namorada que a pôs na cadeia. Com essa premissa básica, sendo vendida e ovacionada como uma das melhores comédias da atualidade, levei um choque quando me vi apresentada a uma série com um teor muito mais dramático do que humorístico, mas foi justamente a diversidade temática apresentada que me convenceu a assisti-la.



A protagonista, Piper, é uma mulher de classe média e cheia de princípios com a qual o espectador se afeiçoa facilmente, até porque é através da ótica dela que conhecemos a prisão de Litchfield. Lá, entre a rotina e as injustiças do sistema carcerário - incluindo casos como desvios de verbas e abuso de autoridade – somos introduzidos a uma ampla gama de personagens, cujas atrizes fazem questão de interpretar com maestria. Há mulheres das mais variadas personalidades, etnias e histórias que são contadas através do artifício bem utilizado do flashback, nos fazendo conhecer cada detenta e entender as motivações e pensamentos delas. Provavelmente, se a série viesse a depender exclusivamente de Piper, a personagem iria se tonar chata e desgastada – como quase aconteceu – e graças a esse amplo número de pessoas a serem exploradas, a trama se torna ágil e flexível, podendo transitar entre drama, humor, romance e até violência enquanto descobrimos personagens fascinantes como Red, Alex, Nicky, Crazy Eyes, Pennsatucky e tantas outras facetas que integram a sequência de abertura da série, a qual tem a ótima canção You Got Time, de Regina Spector.

Vejo Orange Is The New Black como um mistura bem sucedida de gêneros, e isso vem de sua origem. Sua idealizadora, Jenji Kohan, foi a responsável por Weeds, uma série do canal Showtime sobre uma dona de casa que passa a plantar maconha para salvar as finanças da família, algo meio Desperate Housewives encontra Breaking Bad. Além disso, OITNB me remete a lembrança de Oz, série “barra pesada” da HBO a respeito de uma prisão masculina com a canalhice de Sex And The City, uma mistura absolutamente inimaginável e improvável, mas que funcionou e embalou esses 13 episódios.

Com bons personagens, um elenco magnífico e uma história com potencial, além do fato de ser a queridinha da crítica, Orange Is The New Black encerrou sua primeira temporada com uma reviravolta interessante e estabeleceu-se como um pingo de salvação em meio a falta de qualidade das series atuais, sendo diversificada, dramática, engraçada e simplesmente incrível.

OBSERVAÇÕES:
- A historia da galinha é o Best-Plot-Ever!



CLASSIFICAÇÃO: óóóóó


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